
PROF. MS. IVAN PINHEIRO
MATERIAS E ARTIGOS
CONTEÚDO 8º ANO
- REVOLUÇÃO GLORIOSA DE 1689
- ILUMINISMO, FILOSOFIA E ESPECTRO POLÍTICO
- REVOLUÇÃO FRANCESA DE 1789
- REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1ª, 2ª e 3ª fase)
- SITUAÇÃO INTERNACIONAL NA DÉCADA DE 1800
- A CORTE PORTUGUESA NO BRASIL (1808-1822)
- PRIMEIRO REINADO - DOM PEDRO I (1822-1830)
- PERÍODO REGENCIAL (1830-1840)
- SEGUNDO REINADO - DOM PEDRO II (1840 - 1889)
- REVOLUÇÕES TRABALHISTAS
- PARTILHA DA ÁFRICA
*OBS: Clicando nos títulos nos textos abaixo abrirá documentários sobre cada um deles. Aproveite!
Movimento filosófico, sociológico e político, antimonarquista e anticlerical que surgiu na Europa entre os séculos XVII e XVIII provocando mudanças que ocorreram no mundo nos sécuços seguintes. Inspirados no humaninsmo renascentista, foi idealizado e liderado, sobretudo, pela burguesia, tendo como principais pensadores figuras como Voltaire, Diderot, Montesquieu, Rousseau, Adam Smith e outros.
Faziam fortes críticas ao absolutismo monarquico que controlava o Estado, a economia e as pessoas de acordo com as vontades dos reis. Os iluministas eram contra também a Igreja que segundo eles caçava a liberdade dos individuos e de suas famílias, influenciando também na economia.
Pregavam os ideais de LIBERDADE (de ir e vir, de expressão e pensamento), IGUALDADE (perante a justiça e de tratamento pelo Estado) e FRATERNIDADE (empatia e união social).
"As pessoas só serão livres no dia em que o último rei for enforcado nas tripas do último padre" (autor iluminista desconhecido)
Ocorrida na Inglaterra entre 1688 e 1689 pondo fim ao Absolutismo Monárquico Inglês. A maior dinastia inglesa até então havia sido a dos Tudors que tiveram seu ápice com Henrique VIII e sua sucessora, a raínha Elizabeth I, que não teve filhos e deixando o trono sem herdeiros abrindo espaço para os Stuart que não tiveram o mesmo êxito acabando com a fuga de Jaime II, após a traição de sua filha, Maria II, e de seu genro, Guilherme III, que negociaram silenciosamente e por trás do rei a transição pacífica do Sistema Político inglês do Monarquismo para o Parlamentarismo com a manutenção da família real e os títulos de nobreza (rei e raínha) que se tornaram não mais governantes da Inglaterra, mas, conselheiros políticos do parlamento.
Assim, a burguesia britânica, inspirada nas ideias iluministas e no Liberalismo de Adam Smith, tomou o poder instalando um novo sistema político aministrativo em 1689 após a assinatura do documento chamado "The Bill of Rights" (diretrizes do novo Estado Nacional Inglês).
REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
=> Causas:
Para compreender o estopim da revolução e o ódio do povo que tomou as ruas da França guilhotinando seus antigos líderes em situação de desobediência civil é necessário conhecer melhor as causas.
A primeira das grandes causas da revolução é a violenta crise financeira que a França enfrentava, especialmente pela sede de vingança que a dinastia Bourbon tinha em relação a Inglaterra, rivalidade essa que vem desde o século XI com a fundação do reino inglês, sucedida por diversos confrontos entre estes países como a Guerra dos Cem Anos. A última tentativa de prejudicar a Inglaterra vinda por parte da França foi apoiar e financiar a independência das 13 colônias inglesas na América, os Estados Unidos da América. Para ajudar os EUA a se tornar independente da Inglaterra, investiram pesado as riquezas francesas, quebrando financeiramente o páis. Para completar, ainda a "americanização" da cultura francesa também passou a descontentar seu povo.
Outro grande impacto no povo francês e na economia foi a Guerra dos 7 anos protagonizada por Inglaterra e França entre 1756 e 1763 onde disputavam territórios na América e na Ásia.
Por último e não menos importante uma praga que matou grande parte da população francesa, deixando familias devastadas pela perda de seus entes e por também viver com medo de adoecerem e não ter recursos para se medicar ou tentar salvar suas vidas.
Neste contexto gravíssimo e de grande dificuldade assumiu o trono o rei Luis Augusto, tornando-se Luis XVI em 1774, após a morte de seu avô Luis XV no mesmo ano. O sucessor deveria ser seu pai que faleceu em 1765 acometido de tuberculose aos 36 anos de idade. Seu irmão mais velho também havia morrido, quando tinha 9 anos. Quatro anos antes Luis havia se casado, aos 15 anos, com Maria Antonieta, arquiduquesa da Austria que tinha 14 anos. Enquanto Maria Antonieta era considerada a mulher mais linda do mundo ocidental naquela época, Luis Augusto era um garoto retraído, quieto, timido, obeso e muito ansioso. Ele não havia nascido para ser rei, cargo que deveria ser de seu irmão. Também nem sequer fora treinado para tal função, visto que até que seu irmão assumisse, seu pai deveria ter sido rei, se não tivesse morrido tão cedo. Seu avô, Luis XV, também morrera antes do esperado, aos 64 anos, vitima de varíola. Então, era realmente o destino pregando uma peça em Luis Augusto que sem nenhuma preparação assumiu o poder da França no momento mais difícil de sua história, tendo apenas 19 anos.
Corroborou para a situação se tornar ainda mais complicada para o jovem Luis o fato de Paris ser o centro filosófico do mundo naquele tempo, o berço do iluminismo, onde o conhecimento estava na mão da burguesia.
A posse de Luis XVI e Maria Antonieta como rei e rainha ocorreu na escola Luis Le Grand onde, por ironia do destino, foi recebido com um discurso inspirado, e naquele momento honrado, do jovem Maximilien Robespierre que depois veio a ser um dos principais responsáveis pela sua queda. O rei assumiu o trono declarando apoio aos EUA e seguindo a política externa de seu avô colaborando para o colapso financeiro que a França enfrentava.
Já a raínha passou a ser apelidada de "madame déficit" porque passava investindo dinheiro do reino em jóias, vestidos, sapatos e desfiles de moda que realizava no palácio de Versalhes, visto que era muito ligada a inovações na moda e inventava, inclusive, penteados diferentes. O casal ainda passou a virar motivo de brincadeiras no reino pela falta de interesse do rei na rainha, que era na época considerada a mulher mais linda da Europa, não gerando filhos até aquele momento, passados 7 anos de casamento. O rei passou a ser investigado por médicos até que descobriram que a sua falta de desejo sexual desde a infância estava ligada a fimose. Após passar por cirurgia para remoção da mesma passou então, finalmente, a gerar filhos com a rainha, tendo ao todo 7 filhos.
Enquanto isso, fatores climáticos passaram a gerar problemas, uma grande seca atingiu a França e os campos e pastagens passaram a ficar secos elevando consideravelmente o preço da farinha, principal ítem de consumo dos franceses que tinham em sua dieta o pão como principal ítem. Uma família francesa àquela época chegava a consumir um quilo de pão por dia.
Neste contexto tenebroso que passou a surgir publicamente a figura de Robespierre, que agora era advogado e havia virado opositor ferrenho ao rei, que acusava de relapso em frente aos problemas enfrentados pelo país. Apesar das acusações o rei continuava ignorando o povo e influenciadores como Robespierre.
Para tentar frear a crise, Luis XVI lança uma reforma financeira em 1788, que não caiu nem um pouco no agrado dos franceses, pois, a mesma visava aumento de impostos para o 3º Estado (o povo) e isentava o 1º e 2º Estado (Nobreza e Clero). Essa suba de impostos acabou afetando mais uma vez o preço da farinha que subiu. Foi a gota dágua para o povo que foi para as ruas, eclodindo a Revolução!
=> A Revolução:
O povo tomou as ruas, passaram a assaltar o comércio, padarias e a praticar desobediencia civil. Para tentar frear a crise o rei nomeou Jacques Necker (economista e iluminista suíço) para o cargo de Ministro das Finanças ao mesmo tempo que uma assembleia dos Estados Gerais (representantes dos poderes onde haviam o Clero, Nobreza e os "outros" - que eram 97% da população - na assembleia representados por Robespierre) foi convocada. Apesar de representar 97% do povo, o 3º Estado (os outros) eram apenas 1/3 do voto, equanto os outros dois Estados (Clero e Nobreza, que eram menos de 3% da população) tinham direito aos outros 2/3. Robespierre exigia que Clero e Nobreza pagassem impostos, visto que somente o povo pagava, mesma riqueza estando na mão dos dois. Os revoltosos também exigiam uma nova constituição, assim nascendo a Hand Ball (juramento da quadra de tenis) onde entraram no consenso de que a revolução só acabaria quando conseguissem o que queriam, fazendo assim com que nascesse a Assembleia Nacional.
Luis XVI não gostou nada do que estava acontecendo e colocou 20 mil homens da guarda real nas ruas para conter o povo (os Le Bleu - exército azul). Em resposta o povo montou o exército revolucionário (le rouje - exército vermelho). Para isso, tomaram a Bastilha e derrubaram o prédio que fora uma prisão construída no século XII e na época funcionava como Depósito do Arsenal Militar da guarda real. Os revoltosos destruiram o prédio, colocando-o abaixo e armando os Le Rouje com os armamentos. Mataram os soldados da guarda real que protegiam o prédio e sairam às ruas com suas cabeças espetadas em lanças.
Vendo que não estava conseguindo agradar os populares em nada com Necker nas finanças, o rei o exonera, também por medo da popularidade que o economista adquiria, principalmente entre os mais pobres, deixando o povo mais irritado ainda.
Na Assembleia é assinada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (fortalencendo o que chamamos hoje de Direitos Humanos), redigido em nome do povo onde propunham os direitos individuais e coletivos de cada cidadão conforme os artigos que o constituiam abaixo:
Art.1.º Os Homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum;
Art. 2.º A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do Homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão;
Art. 3.º O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhum corpo, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente;
Art. 4.º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei;
Art. 5.º A lei proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene;
Art. 6.º A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos;
Art. 7.º Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário torna-se culpado de resistência;
Art. 8.º A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulgada antes do delito e legalmente aplicada;
Art. 9.º Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei;
Art. 10.º Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei;
Art. 11.º A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem; todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei;
Art. 12.º A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública; esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade particular daqueles a quem é confiada;
Art. 13.º Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração é indispensável uma contribuição comum que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo com suas possibilidades;
Art. 14.º Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos seus representantes, da necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente, de observar o seu emprego e de lhe fixar a repartição, a colecta, a cobrança e a duração;
Art. 15.º A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua administração;
Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição;
Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia indenização.
A declaração deu direito a liberdade de imprensa que fomentou o nascimento de jornais revolucionários e antimonarquistas, se destacando entre eles o "L'ami du peuple" (Amigo do Povo) de Jean Paul Marat, que acaba se tornando um dos martires da revolução.
Foi na Assembleia também que nasceu os conceitos que chamamos de espectro político, muito debatidos nos dias de hoje: DIREITA, CENTRO e ESQUERDA. Para compreender melhor, assista o vídeo clicando aqui.
Luis XVI cercou Paris para que a revolução não se alastre pelo resto da França e promoveu uma festa em Versalhes, onde ficava o palácio real, cidade distante 20 quilometros de Paris que era a capital, fato que também irritava o povo, visto que a familia real nem sequer vivia na capital. Nesta festa estava toda a nobreza e em meio às falas políticas, debocharam da revolução. Marat ficou sabendo do deboche e publicou em seu jornal a manchete na capa dizendo "acordem" para a população e instigando-os a invadir Versalhes. E assim o fizeram, o povo marchou até o palácio de Versalhes, liderados pelas peixeiras (mulheres que trabalhavam nas feiras de pesca), evento que ficou conhecido como "Marcha sobre Versalhes" e também "Marcha das Peixeiras", onde 20 mil pessoas foram pessoalmente protestar contra a corte. Para tentar conter a manifestação Luis XVI assinou os "Direitos do Homem", que antes se negou a assinar, mas, não adiantou, o cerco estava instalado e o povo saqueou o palácio levando a familia real a força para Paris.
Em Paris o rei assinou leis diminuindo seu poder e desvinculando a igreja do governo. Para tentar escapar do caos instalado, planejou sua fuga com sua familia para a Austria, pais natal de sua esposa. Porém, foram pegos apesar dos disfarces quando se aproximavam da fronteira e foram trazidos de volta pra capital, aprisionados, condenados a morte e após serem destituidos de seus cargos reais, no que ficou conhecido como "Jornada de 20 de Junho de 1792" quando 27 mil pessoas invadiram o Palácio das Tulheiras, onde o rei se encontrava, guilhotinados como traídores. A guilhotina era um invento novo, criado por Joseph Guillotin, e divulgado por Marat como a "navalha nacional" que condenava a morte àqueles que provocaram o caos ao povo frances.
Robespierre percebe que os rumos da revolução e as mortes na guilhotina não tomavam um rumo favorável para a França e então passou a exigir o sufrágio universal (eleições e democracia), o fim da escravidão ainda existente nas colônicas francesas bem como a liberdade destas terras e também passou a exigir o fim da pena de morte. Apesar de ser considerado o grande respeitado lider do povo, sendo chamado de "o incorruptível", seus pedidos eram ignorados, as mortes continuavam e ainda sua posição contra uma guerra contra a Austria, por terem tentado ajudar o rei e a rainha, fora também ignorada.
Em meio a todo esse tumulto se funda a República Francesa, em agosto de 1792, ao mesmo tempo em que Austria (apoiada pela Prússia) e a França revolucionária guerreavam.
George Danton, naquele momento ainda aliado de Robespierre, chamava o povo para a guerra na fronteira, visto que a França para vencer a Austria precisaria de todo o contingente possível, incluindo mulheres, idosos e quem mais quisesse se alistar. Enquanto isso, internamente Marat chamava o povo para invadir as prisões e matar todos e todas que pudessem estar ajudando a Austria contra a França na Guerra, passando informações privilegiadas.
As palavras de Marat o levaram a seu fim. Enquanto na região da capital francesa se via a brutalidade da revolução, o interior da França era contra os rumos que a revolução tomava em relação a violência e inclusive a morte de Luis XVI era noticiada como responsabilidade de Marat, por instigar a violência do povo contra a corte. Nesse contexto que surge então a jovem Charlotte Corday, que no inicio da revolução foi influente no interior instigando o povo a se rebelar, visto que se autodenominava "cristã iluminista". Porém, em sua visão Marat era o responsável pela brutalidade dos fatos que aconteciam e pelo derramamento de sangue. Por isso, ela decidiu por um fim nesta situação e foi até Paris encontrar com Marat. Chegou em sua casa e pediu para se reunir com ele que estava deitado em sua banheira no seu eterno banho de ervas. Para que liberassem sua subida informou que tinha importantes revelações a fazer a ele que seriam importantes para a revolução. Ao subir até o quarto de Marat para falar com ele, puxou de sua bolsa uma adaga e enfiou em seu peito, matando Marat na hora. Ela acreditava que matando Marat a revolução calmaria e diminuiria a violência. Porém, sua atitude inflou ainda mais os revoltosos que a partir dali passaram a santificar Marat, que se tornou um mártir na sequência da revolução. Ela, por sua vez, acabou sendo presa em flagrante e executada em praça pública, dizendo que agora seu país viveria em paz, o que ainda estava longe de acontecer.
Estes acontecimentos levaram Danton e os demais lideres da revolução instalarem o que ficou conhecido como "O Terror", uma espécie de ditadura foi instaurada, inclusive revogando as novas leis que haviam promulgado, onde qualquer atitude suspeita ou contrarrevolucionária levava o individuo à condenação à guilhotina.
Como bem sabemos a Revolução Francesa se dividiu em três fases distintas e consequentes: Assembleia Nacional Constituinte e a Legislativa (1789 a 1792), Convenção (1792 a 1795) e a fase do Diretório (1795 a 1799). Percebe-se então que essa fase chamada "O Terror" se passa no auge da fase da Convenção, onde os Jacobinos liderados por Robespierre, Danton e Marat estavam no controle. As medidas tomadas pelos Jacobinos acabaram atrasando os interesses dos capitalistas na França e, cosequentemente, descontentando drásticamente o interesse dos Girondinos. nos 14 meses da fase chamada de "o Terror", cerca de 17 mil franceses acabaram morrendo. Por isso os conservadores da direita francesa passararam a agilizar rapidamente uma retomada do poder. Essa reação ficou conhecida como "Termidoriana", que aconteceu em 1794. Os girondinos se organizaram rapidamente sem que os jacobinos percebessem e tomaram conta, revogando todas as decisões jacobinas, inclusive impondo nova constituição. Em 1795, a Convenção foi substituída pelo Diretório. Com a Reação Termidoriana, vários jacobinos, incluindo Robespierre, foram guilhotinados.
Conforme bem resumiu o site brasilescola: "Com a derrocada jacobina, os girondinos e a alta burguesia francesa redigiram uma nova Constituição para a França e restauraram algumas medidas, como o voto censitário. Foi um período autoritário no qual o exército francês foi utilizado várias vezes para reprimir o povo. Além disso, houve resistência às tentativas de golpe por parte de jacobinos e monarquistas. A instabilidade que a França vivia fez com que a alta burguesia francesa defendesse esse autoritarismo, pois, as massas estavam insatisfeitas, a economia estava ruim e a guerra ameaçava o país. Por isso, passaram a defender a implantação de uma ditadura no país sob o governo de uma figura forte, autoritária. Dessa forma, nasceu o apoio a Napoleão Bonaparte, general famoso por liderar os exércitos franceses na luta contra as coalizões internacionais. O resultado disso foi a organização de um golpe por Napoleão, que, em 1799, tomou o poder da França em um evento conhecido como Golpe do 18 de Brumário. Iniciou-se, então, o Período Napoleônico."
SITUAÇÃO INTERNACIONAL NA DÉCADA DE 1800
=> Napoleão Bonaparte decretou o bloqueio continental com o objetivo de isolar a Inglaterra, visando a falência dos ingleses.
=> Portugal que era dependente dos ingleses tentava uma conciliação entre França e Inglaterra.
=> Em 1807 ocorre o estopim dos problemas portugueses. França e Espanha assinam o Tratado de Fontaimbleau, dividindo Portugal entre si.
=> Diante da crise enfrentada, Dom João resolve então partir com a corte (cerca de 10 mil pessoas em 15 navios) para o Brasil em 1808.
A CORTE PORTUGUESA NO BRASIL (1808)
=> Dom João chegou ao Brasil estabelecendo-se em Salvador por alguns dias. Porém, logo seguiram para o Rio de Janeiro, que já era capital do Brasil desde 1743.
=> Assim começa a adaptação do Brasil às condições políticas e econômicas condizentes a nova situação.
=> A abertura dos portos às nações amigas foi um grande passo para o início do comércio internacional no Brasil, rompendo o monopólio português.
* Interesse britânico: os ingleses desejavam manter relações comerciais com as colônias ibéricas. A abertura dos portos às nações amigas realizou este sonho antigo.
* Interesse Luso: foi interessante para Portugal, pois abrir mão do monopólio ajudou a superar as necessidades financeiras para seguir se sustentando após a invasão dos franceses em seu território.
* Interesse Brasileiro: foi fundamental para o Brasil esta medida, visto que numa época de ideais revolucionários (iluministas e liberalistas) o Brasil pôde entrar na nova era comercial mundial, ao mesmo tempo em que Dom João conseguiu agradar a classe dominante da colônia no sentido de evitar maiores revoltas internas.
TRATADOS DE 1810
=> Incluiu alguns tratados feitos principalmente com a Inglaterra, onde os ingleses pagariam 15% dos direitos alfandegários enquanto as outras nações amigas pagariam 24% e até mesmo Portugal (e o Brasil) pagariam 16%. Assim a Inglaterra tornou-se hegemônica em relação ao comércio brasileiro. Uma concorrência desleal com os nascentes comerciantes brasileiros.
=> No setor governamental, criaram mistérios para administrar as questões burocráticas que envolviam as Províncias (estados) brasileiras.
=> Estabeleceram o Supremo Conselho Militar de Justiça, incumbido de aplicar as leis vindas de Portugal.
=> Foram criadas as Casas de Suplicação, onde eram feitas as recorrências em relação às questões judiciais.
=> Foi criado o Museu Real, a Biblioteca Real e Academia de Belas Artes, promovendo também um progresso intelectual até então desconhecido no Brasil.
=> Criaram na Bahia e depois no Rio as Escolas de Cirurgia, implantando o Ensino Superior no Brasil.
=> Entraram no país vários livros, revistas e jornais estrangeiros, trazendo idéias e costumes europeus para a colônia portuguesa.
=> Outro item importante foi a criação da Imprensa Régia que circulava no rio de janeiro com a “Gazeta do Rio de Janeiro” que foi o primeiro jornal publicado no Brasil e era a imprensa oficial de Dom João.
=> Surgiu também o “Correio Brasiliense”, este era contra o governo de Dom João. Impresso na Inglaterra, pois não tinha autorização de ser feito no Brasil, contava com a ideologia liberal da burguesia, não falava diretamente em independência, mas influenciou a classe na situação que deveria ocorrer mais tarde.
=> Foi fundado em 1808 o Banco do Brasil, que ao invés de auxiliar o comércio brasileiro, simplesmente servia para sustentar a corte portuguesa.
=> Em 1815, o Brasil foi elevado a Reino Unido de Portugal e Algarves, se tornando assim oficialmente um país e não mais uma colônia.
=> Neste mesmo ano morreu a Dona Maria I, a rainha, e Dom João se transforma em rei, passando a ser o Brasil a sede do Reino Unido, invertendo os papéis com Portugal.
A INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817
=> Foram os conflitos ocorridos em Pernambuco, liderados por Domingos José de Souza, onde proclamaram a República Pernambucana, inclusive bandeira tinha, extinguindo os títulos de nobreza e querendo instalar um sistema governante.
=> Uma das medidas foi o aumento do soldo dos militares.
=> Os rebeldes não conseguiram resistir às forças portuguesas e acabaram sendo violentamente reprimidos, depois de muitos conflitos brutais, prisões, mortes, invasões domiciliares e confiscos.
=> Seus ideais acabaram provocando mais tarde, em 1824, a Confederação do Equador.
POLÍTICA EXTERNA NO PERÍODO JOANINO
=> Com a guerra declarada contra a França e para não dizer que estava perdendo, Dom João invade a Guiana Francesa e anexa este território ao Brasil.
=> A Guiana só foi devolvida à frança em 1817, dois anos depois da derrota de Napoleão Bonaparte.
=> A Banda Oriental do Uruguai também foi anexada ao Brasil, em 1821, tornando o território Uruguai brasileiro, com o nome de Província Cisplatina.
A REVOLUÇÃO DO PORTO E A VOLTA DA FAMÍLIA REAL
=> Após a expulsão das tropas de Napoleão Bonaparte do território português pelos ingleses, estourou, em 24 de agosto de 1820, a Revolução do Porto, promovida pela burguesia indignada com o abandono de Dom João durante a invasão francesa.
=> Dom João resolve voltar para Portugal para assumir novamente o governo português que estava sobre a administração de uma Junta Provisória Interina.
=> A burguesia exigiu a volta de Dom João e também exigiam a recolonização do Brasil, fato que vai dar a Dom Pedro I, nomeado como príncipe regente do Brasil com a volta de Dom João a Portugal, os motivos necessários para a proclamação da Independência do Brasil, dois anos depois.


A PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA
=> A proclamação da independência, se compararmos com os movimentos de independência de toda a América Latina, foi um processo pacífico e reacionário.
=> O príncipe aproveitou-se dos temores da aristocracia agrária brasileira, receosa de perder os privilégios comerciais e políticos advindos do período joanino no Brasil pela ameaça de uma revolução de independência popular e liberal que acabasse ali gerando a perda de sua situação privilegiada.
=> Dom Pedro conseguiu trazer para o seu lado o grupo social capaz de dar apoio sem alterações radicais na estrutura brasileira.
=> Chegavam decretos vindos da corte na tentativa de estabelecer antigos monopólios e de neutralizar politicamente as forças já existentes no país, ou seja, praticamente recolonizar o Brasil.
=> Em outubro de 1821, Dom João solicita o retorno de Dom Pedro a Portugal. Porém, com uma representação de 8 mil assinaturas, o senado pede a permanência de Dom Pedro, que em 9 de janeiro de 1822 declara ao povo que ficaria no Brasil
=> Em 22 de fevereiro, o decreto estabelecia que nenhuma lei portuguesa teria validade no Brasil sem o cumpra-se de Dom Pedro.
=> Assim os laços com Portugal estavam praticamente rompidos.
=> Começam as manifestações de oposição a independência principalmente na Bahia e na Cisplatina.
=> Para não perder o apoio das elites e evitar quaisquer revoltas, em 7 de setembro de 1822 é proclamada a independência do Brasil.
=> O primeiro país a reconhecer a independência foi os Estados Unidos, em 1824, porque tinham interesses comerciais no Brasil, assegurados ainda na doutrina Monroe (a América para os americanos, os europeus devem se preocupar com a Europa). No ano seguinte o reconhecimento da Inglaterra, também interessada no mercado brasileiro, agora livre dos portugueses. Por último os portugueses reconheceram ao final do mesmo ano.
O PRIMEIRO REINADO (1822 a 1831)
=> Foi um período marcado por crises políticas sociais e econômicas com clara dependência da Inglaterra, que inclusive exigiu a renovação dos tratados e também a exigência da abolição do tráfico escreva, que vai ocorrer em 1850.
=> Portugal exigia uma indenização do Brasil para reconhecer a independência.
A constituição de 1824
=> Dom Pedro, apoiado pelo grupo luso e principalmente pelos liberais moderados, estabeleceu que o Brasil teria uma nova constituição.
=> Em maio de 1823, reuniu a assembleia constituinte com a missão de redigir a constituição.
=> Entre os redatores estavam muitos dos oposicionistas de Dom Pedro. A situação tornou-se mais delicada quando ele pediu a ajuda dos irmãos Andrada, entre eles José Bonifácio, seu ministro.
=> José Bonifácio exerceu grande influência sobre Dom Pedro, orientando-o durante a regência. Porém, iniciou um movimento de oposição ao imperador. Mesmo assim Dom Pedro o nomeou tutor de seus filhos.
=> Com os Andrada na oposição e os atritos entre Assembleia, Dom Pedro resolve dissolve-la em 12 de novembro.
=> Reuniu um pequeno grupo de conselheiros e redigiu a constituição que foi outorgada em 25 de março de 1824.
=> Conhecida como “Constituição da Mandioca”, por ser voto indireto e censitário, recebeu esse apelido por exigir que para votar o individuo deveria possuir uma propriedade equivalente a 400 sacas de mandioca e para ser eleito necessitava de uma propriedade equivalente a 600 sacas de mandioca.
=> A constituição apresentou a divisão dos poderes em:
* Executivo: Imperador e ministros;
* Legislativo: Senado vitalício (nomeados) e Câmara dos Deputados (eleitos);
* Judiciário: Nomeados pelo Imperador.
* Poder Moderador: De uso pessoal do imperador.
=> A constituição também trouxe a união da igreja e do estado onde o imperador se torna a autoridade máxima (cesaropapismo).
A confederação do equador de 1824
=> Movimento liderado pelo Frei Caneca e influenciado pelos ideais da Insurreição pernambucana de 1817.
=> Contou com apoio novamente dos militares, portanto de cunho federalista.
=> Foi fortemente reprimida pelo exército brasileiro sendo o Frei Caneca fuzilado e os demais populares enforcados.
A independência da Cisplatina
=> Depois de ter sido anexada ao Brasil em 1821, a Província da Cisplatina conseguiu sua independência, em 1828.
=> Insuflada pela argentina e liderada pelo General Artigas, começaram a lutar contra o exército brasileiro, em 1825.
=> O exército brasileiro contava com nordestinos que já estavam revoltados contra o governo e contra com os seus salários e ainda com militares gaúchos que não tinham interesse algum em continuar mantendo a Província da Cisplatina.
=> Além da derrota, a guerra ainda provocou muitas decepções contra o governo de Dom Pedro.
A sucessão lusa
=> Em 1826, morre Dom João VI e Dom Pedro como sendo filho mais velho era o herdeiro natural do trono. Porém, como estava no Brasil, e para não abrir mão do trono em favor de seu irmão, Dom Miguel, resolveu nomear sua filha Maria da Glória, com apenas 5 anos, como herdeira do trono e deixou seu irmão como regente, porém submetido a uma constituição.
=> Dom Miguel se sentindo humilhado e apoiado pela Áustria e pela Santa Aliança, da um golpe de Estado em 1828, destituindo Maria da Glória e proclamando-se rei.
=> Constitucionalistas portugueses acabaram se refugiando no Brasil, para também se organizar na retomada de Portugal com Dom Pedro.
=> Preocupado com a recuperação do trono, Dom Pedro começa a negligenciar as questões brasileiras, o que começa a causar muitos problemas insatisfações com seu governo, além ainda de prejudicar as finanças nacionais que também seriam utilizadas na guerra que estava por organizar.
=> Para somar a insatisfação brasileira, a influência da queda da monarquia na França repercutir aqui na nossa imprensa. Os radicais pensavam em fazer o mesmo com Dom Pedro.
A abdicação
=> Com toda a oposição surgida contra Dom Pedro, começam os movimentos contra seu governo.
=> Em Minas Gerais a oposição incluía quase todos os políticos. O assassinato do jornalista Líbero Badaró, que protestava contra prisão de pessoas em São Paulo, exaltou ainda mais os ânimos.
=> Sem poder contar com exército, Dom Pedro resolveu ir pessoalmente acalmar os ânimos em Minas. Ao contrário do que esperava, a recepção foi de extrema frieza com panos pretos nas janelas das casas, que simbolizavam luto pelo jornalista em vez de festejar a chegada do imperador, preferiram chorar a morte de Badaró.
=> Maaais ou menos, mais ou menos, um pouco chateado, Dom Pedro volta ao Rio em 1831. A comitiva chegava e os partidários fizeram uma grande festa para recebê-lo, tentando fazê-lo esquecer do corrido em Minas.
=> Indignados com a presença dos portugueses no Brasil, os brasileiros invadiram o bairro luso à noite e foram recebidos por garrafadas, o que simbolizou o fato conhecido como “Noite das Garrafadas”.
=> Para tentar acalmar os ânimos, Dom Pedro formou o ministério brasileiro colocando no posto de ministros políticos brasileiros. Porém, isso não resolveu e muitas pessoas saíram às ruas reclamando a permanência de Dom Pedro, realizando vários motins.
=> Dom Pedro exigia medidas do ministério que não o atendiam, então demitiu todos os ministros e convocou novos ministros no chamado Ministério dos Marqueses. Nada adiantou e para não piorar a situação, abdicou do trono em 7 de abril de 1831, em favor de seu filho, Dom Pedro II que tinha apenas 5 anos de idade.
O PERÍODO REGENCIAL (1831 A 1840)
=> Período de instabilidade marcado por violência social, brigas políticas, lutas partidárias, levantes militares e revoltas armadas.
=> Momento de vazio no poder, organização política para a manutenção da estrutura antiga (latifúndio e escravismo) marcada por avanços e retrocessos.
=> Avanço liberal marcado por uma descentralização de poder, porém nos moldes do federalismo.
=> Regresso conservador, voltando-se a uma centralização nas mãos do setor exportador atrelado ao capital britânico que é quando se nota o início da superação da crise econômica com o surgimento do café.
=> Nos primeiros passos da regência que as correntes políticas começam a se definir por grupos de interesse:
* Liberais exaltados ou Chimangos: Defendiam a centralização política sobre a forma republicana.
* Restauradores, Caramurus ou Maragatos: Centralização política nos moldes antigos exigindo a volta de Dom Pedro I.
* Liberais moderados: Interessados na manutenção de seus privilégios, do exclusivismo político, da permanência do escravismo e da monarquia. Também conhecidos como Jurujubas ou ainda, no RS, Farroupilhas.
=> A principal lei do período foi a Lei Regencial, ninguém usa o poder moderador!
REGÊNCIA TRINA PROVISÓRIA (1831)
=> Logo após a abdicação de Dom Pedro I e pela pouca idade do novo imperador, de acordo com a constituição de 1824, foram escolhidos 3 regentes para governar o país.
=> Como a assembleia se encontrava em recesso, foi escolhida uma regência provisória, onde José Joaquim Campos, que era senador, Nicolau de Campos Vergueiro, que também era senador, e Francisco Lima e Silva, brigadeiro do exercito, assumiram o governo até a realização de eleições.
=> Era notória a exclusão dos Liberais Radicais do poder. Vergueiro representava os moderados, Lima e Silva e Campos Vergueiro os Caramurus.
=> Entre as principais medidas estavam:
* A anistia política a todos os presos políticos;
* Reintegração do Ministério Liberal;
* Suspensão parcial do poder moderador.
=> Em maio, a Assembleia Geral se reuniu e elegeu o governo definitivo.
REGÊNCIA TRINA PERMANENTE (1831 A 1835)
=> Foram eleitos José da Costa Carvalho, deputado, João Bráulio Muniz, deputado, e Lima e Silva novamente. Todos os nomes escolhidos estavam ligados aos Moderados, o que causou forte reação por parte Restauradores.
=> Buscaram agradar as diversas facções da aristocracia agrária brasileira.
A Criação da Guarda Nacional
=> Os exaltados levantaram-se contra os rumos políticos democráticos do novo governo.
=> Entre as reivindicações dos revoltosos estavam as exonerações de todos os funcionários portugueses, a reunião de uma assembleia constituinte e a exoneração de Diogo Feijó.
=> Feijó recebe plenos poderes da câmara e organiza um batalhão de elite formado por oficiais e proprietários do Rio, chamado “Batalhão Sagrado”, onde se destacava Luiz Alves de Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias.
=> Em 18 de agosto, criava-se a Guarda Nacional, originada do batalhão. Foi um instrumento repressivo do governo na mão da aristocracia rural, sendo extintas as antigas ordenanças, milícias e guardas municipais.
=> A morte de Dom Pedro em Portugal, em 1834, acabava com a ação restauradora, permitindo os moderadores a executarem mais calmamente o seu programa político.
=> Foi criado o Ato Adicional com a função de constituir uma emenda conservatória procurando o consenso entre os moderadores e exaltados gerando descontentamento em ambos os lados. Constituiu-se uma concessão excessivamente liberal para a facção mais conservadora dos moderados, que não aceitava essa medida. Ela estabelecia o seguinte:
* Extinguir o conselho de estado;
* Transformar os conselhos profissionais em assembleias legislativas provinciais;
* Criava o município neutro, sede do governo;
* Instituir a Regência Uma, onde um único regente seria escolhido, em eleições gerais no país, para o mandato de 4 anos.
REGÊNCIA UNA DE DIOGO FEIJÓ (1835-1837)
=> Divisão Interna dos Moderadores em dois partidos, o Conservador (regressista, queriam manutenção do Poder Moderador e reestabelecimento do Conselho de Estado) e o Liberal (progressista, de Feijó, que queriam a manutenção do Ato Adicional).
=> Lutas Populares atingiam o clímax. Principalmente buscando maior participação política.
=> Alguns aristocratas sentiam-se excluídos das decisões e faziam revoluções.
=> Estouram duas revoluções: A Cabanagem, no Pará; e a Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul.
Cabanagem – Grão-Pará (1835 - 1839)
=> Causas:
Ø Agitações eram comuns desde 1822 no Grão-Pará
Ø Economia desenvolvida em torno das “drogas do sertão” e da pesca
Ø População constituída em maior parte por escravos, mestiços e tapuias (índios semi escravizados) miseráveis.
Ø Poder nas mãos dos comerciantes que se opunham aos senhores de terras.
=> Características:
Ø Ampla participação popular, requisitados pela facção liberal das classes dominantes para participar da oposição à Regência, o que acabou virando e os populares dominaram o movimento, exigindo reformas mais amplas e radicais.
Ø As elites que sofreram o golpe dos populares, e que foram os organizadores do movimento, tiveram que voltar atrás e recorrer ao poder central e de ingleses mercenários.
Ø Tomada da capital por parte dos revoltosos.
Ø Seus lideres atingiram o poder, mas acabaram entrando em acordo com o Governo Central e abdicando de suas principais reinvidicações.
Ø Foram expulsos da capital e refugiaram-se no interior, adotando várias táticas de guerrilha.
Ø Foi o único movimento em que a classe dominada conseguiu o poder.
=> Consequências:
Ø Esmagamento e massacre dos cabanos por parte das forças militares, auxiliados por uma força naval.
Ø Durante 3 anos de combate, houve incêndio, destruição e assassínio de populações inteiras das aldeias amazônicas, reduzindo a população da província a quase metade.
Revolução Farroupilha – Rio Grande de São Pedro (1835 – 1845)
=> Causas:
Ø A província de São Pedro do Rio Grande não se encaixava no cenário econômico nacional, devido as diferentes atividades.
Ø A riqueza era o Charque, produto que supria a economia interna, e era consumido internamente, principal alimentação dos escravos.
Ø O charque era de alto custo (escravos + sal) para os gaúchos, enquanto o charque platino era mais barato por ter trabalhadores assalariados, o que fazia com que o charque uruguaio fosse mais vendido no Brasil do que o gaúcho.
Ø Os estancieiros se rebelaram contra o governo quando exigiram impostos mais altos sobre o charque uruguaio e invés disso tiveram o charque taxado nos portos do Sudeste e Nordeste.
Ø A dificuldade de inserir o charque no mercado nacional causou o levante farrapo.
=> Características:
Ø Movimento político-militar de caráter republicano e federalista.
Ø Luta da classe dominante local contra o centralismo político e administrativo do Governo Regencial.
Ø Os estancieiros eram uma classe organizada e coesa, conseguindo assim utilizar as camadas populares a seu favor, sem perigo de serem dominados por elas, como ocorreu em outros movimentos.
Ø O movimento se alastrou e incentivou a Republica Juliana, proclamada em 1839, em Santa Catarina.
Consequências:
Ø Em 1845 os rebeldes entravam em acordo com o Barão de Caxias. Pacificação diferente das demais porque a oligarquia estava totalmente envolvida, o que impossibilitava a pacificação através da violência. Dessa maneira o Governo Central acabou aceitando exigências dos Farrapos enquanto, depois do acordo, se consolidou de vez sobre toda a nação.
=> O desmanche do Exército para a criação da Guarda Nacional enfraqueceu o setor militar que era incapaz de frear as revoluções.
=> Feijó mostrava-se incapaz de articular as oligarquias e reprimir os descontentes no que poderia favorecer os setores exportadores de interesse britânico.
=> Desgastado politicamente, criticado por ser muito autoritário, e sem apoio da Assembleia, foi obrigado a renunciar em favor do “regressista” Araújo Lima.
REGÊNCIA UNA DE ARAÚJO LIMA (1837 A 1840)
=> Diferente de feijó contou com apoio do parlamento.
=> Estabeleceu-se a orientação conservadora de fazer investidas brutais contra as reformas liberais das regências anteriores.
=> Lançou a lei de interpretação do Ato Adicional.
=> Recuperar para o poder central atribuições que haviam sido dadas as Assembleias Provinciais.
=> Retomar a corte o direito de nomeação da Guarda Nacional e dos magistrados subordinando novamente o Poder Local ao Poder Central.
=> Contou com a pronta reação dos liberais.
=> Foi posta em prática em 1840.
=> O projeto de reforma do Código de Processo era uma complementação da lei de interpretação, onde o juiz municipal seria nomeado pelo Poder Central.
=> a reação conservadora com a liquidação da “esquerda” foi necessária para a consolidação do estado e da aristocracia agrária.
Balaiada - Maranhão (1838 a 1841)
=> Causa:
* Problemas de abandono da região por parte do governo central e declínio da produção algodoeira.
=> Características:
* Poder nas mãos dos proprietários rurais e comerciantes (liberais e conservadores) que se revezam no poder.
* A luta dos sertanejos aliada a dos negros adquire autonomia e desafia a ordem constituindo-se em um movimento popular de enfrentamento ao Poder Central, liderados por Raimundo Gomes, o cara preta, Manoel dos Anjos Ferreira, o balaio, e o Negro Cosme, chefe do quilombo.
=> Consequências:
* Frente à falta de unidade entre os revoltosos, o movimento foi derrotado pelas forças armadas com apoio da classe dominante local.
Sabinada - Bahia (1837 a 1838)
=> Causas:
* Protestos contra uma série de fatos acontecidos no ano de 1837, incluindo a lei do Ato Adicional, além do abandono do Poder Central a região.
=> Características:
* Movimento organizado por setores da camada média da população, principalmente intelectuais que não se preocuparam em mobilizar as classes baixas, nem procurou apoio da dominante.
=> Consequências:
* Isolados, os revoltados ficaram ocupando a capital.
* Por causa da desunião, o Governo Central conseguiu o apoio da aristocracia baiana, em troca de benefícios, e efetivamente massacraram os revoltosos.
A História Resumida Sobre: 2º REINADO
=> Governo mais longo da história do Brasil.
=> O “Golpe da Maioridade” colocou um fim a crise política instalada desde o Primeiro Reinado.
=> Desde 1838 era consenso, tanto entre liberais quanto conservadores, que a monarquia seria solução para os problemas enfrentados.
=> A Reforma do Código de Processo, somada a Lei Interpretativa do Ato Adicional transformaram o “Golpe de 1840” um governo conservador, autoritário e fortemente centralizado na mão do imperador.
=> O período foi marcado por extrema estabilidade política e caracterizou-se pelo fortalecimento da aristocracia agrária em geral, principalmente a cafeeira a partir de 1850.
=> O surgimento do café como forte produto na pauta das exportações trouxe para o Brasil, a partir de 1850, um progresso econômico extraordinário.
=> Houve a manutenção da sociedade agrária e escravista, mostrando a impossibilidade da independência econômica externa em relação a Inglaterra.
=> Começou um processo de pacificação militar no Brasil, comandado pelo já Duque de Caxias (Luis Alves de Lima e Silva, que ficou conhecido na Regência Trina Permanente por se destacar entre o Batalhão Sagrado da Guarda Nacional). Esse processo teve fases de negociação com as elites e populações locais de cada província, repressão e enfrentou a Revolução Praieira, de 1848, em Pernambuco.
=> O período foi marcado pelas disputas políticas entre Luzias (liberais) e Saquaremas (Conservadores).
=> Em 1840 houve o que ficou conhecido como as “Eleições do Cacete”. Foram as eleições realizadas no Brasil nesse mesmo ano. D. Pedro II, que já era imperador mesmo tendo apenas 14 anos de idade, escolheu políticos liberais e áulicos (faziam parte da corte) para compor seu primeiro ministério e convocou novas eleições para escolher os membros da Câmara.
O Golpe da Maioridade composto por liberais e pela facção áulica não dispunha de maioria na Câmara dos Deputados, onde os regressistas predominavam desde 1836. Assim, recorreram a métodos violentos para atingi-la: como roubo de urnas, falsificação de votos, espancamentos e até assassinatos.
As falcatruas foram consideradas excessivas, inclusive para os padrões da época. A facção áulica sugeriu a dissolução do Gabinete da Maioridade, em face de tensões internas no Executivo. O Imperador acatou o conselho áulico e destitui o Gabinete, em 1841.
O retorno dos regressistas, já nomeados de conservadores, leva os liberais às revoltas de 1842.
=> Em 1842 tiveram início as Revoltas Liberais, em São Paulo e Minas Gerais , influenciadas pela Balaiada e pela Revolução Farroupilha, em repúdio as medidas centralizadoras do novo império. Em SP se formou a Coluna Libertadora, com mais de 1500 homens que marcharam rumo a Capital para empossar o Presidente da Província, em maio de 1842. Em junho do mesmo ano foi a vez de Minas Gerais, onde Barbacena foi escolhida como Capital do Governo Revolucionário. As revoltas foram sufocadas por Duque de Caxias e seu Batalhão e os presos foram anistiados pela “generosidade” do Imperador, que entendeu as revoluções como um equívoco de pessoas que só queriam o bem de seus conterrâneos.
POLÍTICA
=> “Nada mais conservador do que um liberal no poder e nada mais liberal do que um conservador na oposição”.
Essa frase de Oliveira Vianna resume o Segundo Reinado. Nenhuma diferença ideológica significativa entre Liberais e Conservadores que procurava somente o exercício do poder como forma de buscar privilégios particulares.
=> Como os Liberais organizaram o golpe, foram eles que começaram o governo, ainda com participação ativa dos Palacianos. Eles se alternavam de 2 em 2 anos.
=> Parlamentarismo às avessas. Para promover a estabilidade política, foi institucionalizado o Parlamentarismo no Brasil, inspirado no Inglês, porém extremamente diferente. Na Inglaterra o Rei reinava, mas não governava. Já no Brasil, havia o Poder Moderador, onde o Rei reinou durante todo o tempo.
=> Revolução Praieira (1848) (Veja no anexo na paixa posterior).
ECONOMIA
=> Café – Gerador de empregos, grandes exportações e grandes lucros, tanto pra produtores quanto para o governo.
=> O Café surgiu no Pará
=> Extinção do tráfico de escravos e começo da imigração através de duas formas de trabalho: parceria (onde o proprietário pagava o transporte ao colono que em troca pagava-o em serviço – 2/3 da produção) ou colonato (o colono arrendava a terra do proprietário – sistema parecido com o feudal da Idade Média).
=> 1840 – Tarifa Alves Branco – aumento das taxas aduaneiras para 30% sobre os produtos importados e 60% sobre produtos com similar nacional. Perdurou até 1860 quando Dom Pedro II, pressionado pelos exportadores, reduziu as taxas.
=> 1850 – Fim definitivo do tráfico negreiro.
=> Crise da mão de obra no RJ.
· Tráfico interno
=> Ciclo do Café
· 1ª fase: RJ => Vale do Paraíba
- Latifúndio
- Escravidão
- Elitista (Aristocracia = Monarquia – PC ou PL => Poder)
· 2ª fase: SP => Oeste
- Oeste (Imigrantes Italianos, Trabalho assalariado e Nova Elite, burguesia do Café – Federalistas, Republicanos e Progressistas).
=> Urbanização das cidades.
=> Desenvolvimento de instituições financeiras.
=> Desenvolvimento das tecnologias de transportes.
=> Desenvolvimento do Comércio e das manufaturas.
=> Surgimento do Barão de Mauá (Irineu Souza)
· Construção naval
· Fundição de Ferro e Bronze
· Caldeiraria
· Serralheria
· Navegação a Vapor
· Telégrafo submarino
· Entre outras novas tecnologias.
=> Desenvolvimento de ferrovias em todo o país.
=> Comunicação e difusão intelectual.
=> Expansão do capitalismo brasileiro.
=> Barões do Café (evolução da classe proprietária brasileira).
IMIGRAÇÃO
Total de Imigrantes que vieram para o Brasil entre 1820-1910:
- Italianos => 1.254.871
- Portugal => 702.690
- Espanhóis => 332.367
- Alemães => 105.341
- Outros => 362.094
POLÍTICA EXTERNA NO SEGUNDO REINADO
=> Relações estreitas entre Brasil e Inglaterra
* Dependência econômica (o que explica o fim do tráfico de negros, praticamente uma ordem inglesa)
- 1845: Lei de Bill Aberdeem (fim dos navios negreiros)
- 1850: Lei Eusébio de Queiroz – Proibido o tráfico de escravos.
* Questão Christie (1862 a 1865)
- Rompimento das relações diplomáticas.
- Sentimento antibritânico por causa das leis.
- Roubo da Carga do Navio “Prince of Wales” no Rio Grande do Sul.
- Briga de rua entre marinheiros brasileiros e marinheiros ingleses. Fato ocorrido na night carioca quando 3 marinheiros ingleses saíram bêbados de uma festa e mexeram com mulheres de marinheiros brasileiros. Resumo? Pauleira! E os ingleses foram parar na delegacia.
- A questão foi resolvida quando os ingleses resolveram pedir desculpas formais ao Brasil em 1865.
=> Livre navegação.
=> Brasil se posiciona contra a reunificação do vice-reino de Buenos Aires.
=> Questões Platinas -> Brasil x Unificação Platina (Argentina, Uruguai e Paraguai).
* Inglaterra - Posicionava-se contra a unificação pelo seu interesse na livre navegação nos rios platinos;
* Causas das Intervenções brasileiras:
- Ambição Argentina em formar o antigo Vice-Reinado de Buenos Aires;
- Vacilações uruguaias em face de reinvidicações argentinas;
- Política armamentista e expansionista paraguaia;
* Intervenção no Uruguai x Oribe (partido dos blancos, anti-brasileiros) - 1851;
- Oribe (chefe partido blancos) + Rosas (ditador argentino) = Queriam a unificação platina;
# Oribe ocupou uma porção do território uruguaio com os seus "confederados". Contra isso se opunham Brasil e o partido dos colorados uruguaios;
# Blancos x Colorados = Invasões constantes no Rio Grande do Sul causando danos aos gaúchos;
# Brasil + Joaquim Soares (líder colorado) = aliança militar;
# Conde de Caxias (Brasil) + Colorados + Provincias de Corrientes e Entre Rios (argentinos) derrotaram as tropas de Oribe em 11 de outubro de 1851.
* Intervenção na Argentina x Rosas (ameaça política - continuação do combate a Oribe) - 1852;
- Companha contra oribe se extendeu contra o Ditador Rosas;
- Brasil + Uruguai + Corrientes e Entre Rios ao comando do argentino Urquiza invadem a Argentina;
- Rosas foi derrubado em 3 de fevereiro de 1852, após não resistir a Batalha de Monte Caseros, por Urquiza e Manuel Marques de Souza (futuro Conde de Porto Alegre);
- Fim da ditadura e reestabelecimento das relações entre Brasil e Argentina;
* Intervenção no Uruguai x Aguirre - 1864
- Aguirre (blancos) + Solano Lopez (Ditador Paraguaio) x Flores (colorados) + Brasil
- Novos problemas no Rio Grande do Sul que ameaçaram o Governo Imperial devido a uma pressão dos gaúchos. Eles queriam uma ação imediata do Governo Imperial, caso contrário, armariam a guerra com suas próprias mãos;
- Sob o comando do Almirante Tamandaré, foram tomados os postos de Salto e Paisandu, no Uruguai, e feito um bloqueio a Montevideo;
- Em dezembro de 1964 o Marechal Menna Barreto invade o Uruguai;
- Em 20 de fevereiro de 1865 o governo uruguaio foi aceito pelos brasileiros e pacificado, dando origem a Guerra do Paraguai, por terem provocado a "Ira de Solano";
* Intervenção Brasileira no Paraguai - A Guerra do Paraguai (1865-70)
- Formam-se duas Alianças:
# Tríplice Aliança (Brasil, Uruguai e Argentina) x Solano Lopez (Paraguai - Solano possuía um exército enorme formado por 80 mil homens bem equipados e bem treinados por estrangeiros + uma poderosa esquadra fluvial, enquanto o Brasil possuía apenas 1600 soldados de elite, dentre apenas 16 mil soldados em todo o território nacional);
- Solano tinha interesses de expandir o Paraguai anexando Argentina, Uruguai e o território do Rio Grande do Sul. Dentre outros, um dos principais motivos era a expansão marítima;
- Os motivos do estopim da guerra são variados, de acordo com alguns historiadores, porém, o mais aceito foi o aprisionamento da embarcação brasileira "Marquês de Olinda", por parte dos paraguaios, que ia em direção ao Mato Grosso carregando o governador da província e oficiais do exército;
- O Brasil, como possuía apenas 16 mil soldados em todo o território, lançou a campanha "Voluntários da Pátria" onde intensificou o treinamento de civis e escravos além da construção de barcos e navios de guerra;
- Batalhas:
# Naval de Riachuelo, ao comando de Barroso, demonstrou a enfim soberania brasileira na bacia platina;
# Expulsão definitiva dos invasores paraguaios no Rio Grande do Sul (Batalha de Uruguaiana);
# Vitória, ao comando do General Osório, na Batalha de Tuiuti;
# Vitória na Batalha de dezembro, sob o comando do Duque de Caxias;
# A campanha das cordilheiras, ao comando do Conde D'Eu, onde Lopez havia se refugiado com o que restou do seu exército;
# Vitória definitiva em 1870 na Batalha do Cerro Corá, quando Solano Lopez fora morto pelo exército brasileiro;
- Consequências da Guerra do Paraguai:
# Dívida paraguaia, impagável se considerada a situação econômica do país no pós-guerra, acabou sendo perdoada;
# Nenhuma vantagem, principalmente territorial, para o Brasil, com exceção de que o território do RS estava finalmente livre de futuras invasões;
# Exército exige maior participação política no Império, o que acaba resultando numa oposição militar ao regime político porque suas exigências não foram aceitas por D. Pedro II;
# Abolição da escravidão no Brasil – Lei Áurea de 1888;
# Enfraquecimento do império que deu base para o golpe militar que depôs o império brasileiro, formando a república.